segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

2008 Rewind V

Mais de Londres:


National Gallery
http://www.nationalgallery.org.uk/
Ver pela primeira vez os Girassóis de Van Gogh ou as pinturas de Leornardo da Vinci são coisas que não se esquecem. Só visto.

British Museum
http://www.britishmuseum.org/
Para além da colecção lendária do British Museum, uma exposição de gravuras japonesas, e ainda Statuephilia, uma exposição de esculturas de artistas contemporâneos como Damien Hirst, Antony Gormley e Mark Quinn (que mostrou Siren, uma escultura a ouro de Kate Moss numa posição avançada de yoga).





EXPOSIÇÃO: LONDRES: The Revolution Continues: NEW CHINESE ART – Saatchi Gallery – 9 de Outubro de 2008 a 18 de Janeiro de 2009
O novo edifício da Saatchi Gallery, em Chelsea, abriu portas com esta mostra de nova arte chinesa. Foram precisos três pisos para mostrar grande parte do espólio. As obras pertencem a uma geração de artistas que olha a China com um olhar crítico e politicamente independente. A relação da China com o ocidente, a eterna influência de Mao e a modificação da paisagem económica e cultural são os grandes temas da exposição.
As minhas obras favoritas foram a instalação de Sun Yuan e Peng Yu (que mostra líderes mundiais envelhecidos, em cadeiras de rodas), as obras de cinza de Zhang Huan, as pinturas de Yue Minjun, Zhang Xiaogang, e a escultura de Zheng Guogu (Waterfall, 2003).
No meu entender, a arte no Ocidente foi perdendo um dos factores que a tornam importante - ser um olhar crítico do mundo em que se vive hoje, o Presente. Falta mais arte "política", talvez. É por isso que a nova arte chinesa é tão importante. Parece-me que o desenvolvimento da história da arte Ocidental, ao questionar-se constantemente a si mesma e ao conceito de obra de arte, perdeu o rumo, está às voltas sobre si própria e não olha para fora. Em vez de uma arte virada para o futuro, temos Jeff Koons e Damien Hirst. Parece que o 11 de Setembro nunca aconteceu. A arte do século XXI, e dos novos artistas dos anos 90 até agora, pelo que conheço, é apenas mais um reflexo do resto da cultura estratificada, pluri-ideológica (ou anti-ideológica), niilista e materialista, em vez de ser a impulsionadora de uma nova vaga, ou de uma nova forma de pensamento moderno. Estamos neste limbo que é o pós-modernismo, e que parece não ter fim.
Talvez o tempo das vagas tenha acabado. Os artistas do novo século resistem a pertencer a qualquer forma de dictame, só se pertencem a eles mesmos. Talvez seja esse o caminho certo - a verdadeira arte global e multicultural - mas ainda não chegámos lá.
Fotos: Saatchi Gallery.


http://www.saatchi-gallery.co.uk/artists/new_art_from-china.htm
Flickr: http://www.flickr.com/search/?q=saatchi%20chinese%20art&w=all
Video: http://www.youtube.com/watch?v=SpQ66pcb81s







EXPOSIÇÃO: LONDRES: LUCIAN FREUD - Early works 1940-1958 – Hazzlit Holland-Hibbert Gallery – 9 de Outubro a 12 de Dezembro de 2008
As primeiras obras de Lucian Freud, algumas feitas com apenas 17 anos de idade, são de uma sensibilidade palpável. A dimensionalidade das figuras faz com que as pinturas pareçam feitas de papel dobrado e tenham uma enorme leveza. Foi interessante conhecer as primeiras obras de Freud, contemporâneo de Francis Bacon, antes de as suas obras atingirem recordes nos leilões, e de se tornar num dos grandes retratistas contemporâneos.
Fotos: HHH.

www.hh-h.com/
Press release: http://www.hh-h.com/documents/LucianFreudPR.pdf





EXPOSIÇÃO: LONDRES: RICHARD SERRA – Sculpture – Gagosian Gallery – Brittannia St. – 4 de Outubro a 20 de Dezembro de 2008
Richard Serra é o maior nome da escultura contemporânea. As suas obras questionam o espaço, a vivência do espaço, e a própria escultura. Esta exposição foi o meu primeiro contacto com o escultor, com obras que deixam que o visitante entre nelas e as percorra literalmente. As esculturas são folhas monumentais de metal ferrugento. Open ended (2007-2008) é uma enorme folha de metal que se fecha sobre si própria como se fosse uma flor. Há mesmo uma escultura com o nome Fernando Pessoa: uma barra de metal espessa, estendida na horizontal. Richard Serra fala sobre a sua nova exposição na Gagosian Gallery, sobre Portugal, sobre Fernando Pessoa e sobre o estado da arte aqui.

http://www.gagosian.com/exhibitions/2008-10-04_richard-serra_1/
http://artobserved.com/go-see-richard-serra-sculpture-at-gagosian-gallery-london-through-december-20-2008/





Outras exposições:

Portrait Gallery
http://www.npg.org.uk/
Para além da colecção permanente, tive oportunidade de ver uma nova colecção fotográfica e dois óleos (retratos) belíssimos de Paula Rego.

Royal Academy of Arts
www.royalacademy.org.uk
Vi aqui a Pequena Dançarina de Edgar Degas, antes de ser posta à venda na Sotheby’s, que também visitei. Notícia aqui.

Victoria & Albert Museum
www.vam.ac.uk/
Aqui, vi A Grande Onda, de Hokusai (a mais conhecida impressão japonesa) a ser reproduzida tradicionalmente (quatro vezes), ao vivo, por um mestre japonês.

Serpentine Gallery – GERHARD RICHTER – 4900 Colours
As novas obras de Gerhard Richter na Serpentine, uma galeria projectada por Frank Gehry e situada dentro do Hyde Park. A série de quadros pixelizados, com cores espalhadas aleatoriamente, com o nome 4900 Colours, valem mais pela continuidade da obra de Richter, que pelo seu valor intrínseco.
http://www.serpentinegallery.org/2008/06/gerhard_richter4900_colours_ve.html

Lisson Gallery – Fernando Ortega
http://www.lissongallery.com/#/exhibitions/2008-11-26_fernando-ortega/

Barbican Centre – Rafael Lozano-Hemmer – Frequency and Volume http://www.barbican.org.uk/artgallery/event-detail.asp?id=7879

Sem comentários:

Enviar um comentário